BeiraLacte

A BeiraLacte, Lacticínios Artesanais da Beira Baixa Lda. é uma unidade de produção artesanal de queijo situada em Alcaria, concelho do Fundão, em plena região demarcada dos queijos da Beira Baixa.

Os seus proprietários descendem de famílias queijeiras da região da Cova da Beira, produzem queijo desde 1991, aliando os modernos padrões de controlo de qualidade, à arte e saber de gerações.
“Tudo começou com a patriarca da família, a Dona Conceição que comprava queijos frescos aos agricultores e nas suas caves os curava e transformava com o seu saber, para depois os vender nos mercados da região. O seu filho, Carlos Godinho seguindo-lhe os passos, começou por ser também ele um Afinador, no entanto com o tempo constatou que se ele próprio produzisse os queijos desde início, seria capaz de controlar melhor todo o processo, e assim obter um produto de maior qualidade tendo em 1991 iniciado aquela que seria a estrutura inicial da Beiralacte.”

A Beiralacte pretende servir a sua região constituindo-se como um motor de publicidade do que é Bom na Beira Baixa. A excelência corre nas veias dos colaboradores desta empresa e o desenvolvimento da envolvente social, cultural, económico e ambiental representa a sua Missão.

"Só a proximidade e o carinho dos nossos colaboradores pode transformar o melhor leite no melhor queijo, um que seja genuíno, tradicional, de grande qualidade e de excelente sabor. Por isso conservamos o modo de fazer o mais artesanal possível, sendo que quase a totalidade do processo é realizado à mão, desde a salga, até às tarefas de lavagem e cura do queijo."

Segurança, excelência e tradição

Assim, acreditando na origem dos ingredientes, continuamos profundamente empenhados numa ininterrupta preservação da qualidade de excelência, pela realização de um produto tradicional, sem descurar a aposta na segurança alimentar e melhoramento da prestação de serviços.

Regulamentada pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, como estabelecimento de Classe C, para produção de Queijo e Requeijão sob o registo veterinário P ILT 704 CE, a Beiralacte dispõe de excepcionais instalações de produção, cura e armazenamento, e de viaturas especialmente equipadas para o transporte dos seus produtos para qualquer ponto do país e estrangeiro.

Queijo de Cabra Curado

Este é um queijo tradicional da nossa terra, sobretudo nas encostas das nossas serras (Pinhal Interior). Esteve quase perdido no último meio século devido ao abandono da pastorícia de cabras nesta zona, prática difícil pelo relevo da região. Recentemente foi recuperado o saber-fazer de gerações, tendo a Beiralacte entendido que não se poderia deixar extinguir um produto de tão elevado valor tanto histórico como de qualidade e diferenciação organoléptica.
Hoje o queijo de Cabra Curado é produzido pelas mesmas raças de cabras que no passado pastavam nos montes, bem adaptadas às irregularidades das serras e vales que caracterizam a Cova da Beira. São as encostas da Serra da Estrela e Gardunha ou as margens do Rio Zêzere (que nasce no seio da maior serra de Portugal – Serra da Estrela) que produzem a vegetação que serve de alimento às cabras, que dão origem ao leite mais saboroso, para produzir este queijo único.
O queijo é depois salgado com sal marinho, apanhado no oceano Atlântico, nas localidades da Nazaré e Figueira da Foz (praias de Portugal). Depois segue pelas mãos das senhoras desta terra, que o acarinham até ao final da sua cura de pelo menos 40 dias.
Este é um queijo prova das memórias do interior do nosso país, desta terra de gente forte, que conquistou as serras para usufruir dos seus frutos verdes, que lhes alimenta o corpo e a alma.

Queijo de Ovelha Curado (Reserva)

Sempre que na nossa terra o queijo era feito em excesso, na altura de muito leite (Março-Julho), alguns que não eram logo vendidos, eram guardados nas caves frescas, perdidos no tempo mas não nas mentes de quem os guardava como tesouros. Ali os deixavam para depois os descobrir diferentes, ligeiramente picantes, com sabor a especiarias (algo tão tradicional Português).
Frutos da coalhada de leite cru de ovelha, por adição de cardo (coalho de origem vegetal) este queijo inicialmente com sabor lácteo e ligeiramente amargo pela adição de cardo. Após o cuidado prolongado das artesãs desta equipa transforma-se num queijo de sabor intenso, com notas a frutos secos e especiarias, que avivam as memórias dos cheiros do Verão seco e quente do sol da Beira Baixa, que nos aquece o coração, pela boca.

Queijo da Beira Baixa DOP

Amarelo

Um queijo com denominação de origem protegida (DOP) desta região que é fruto da tradição e saber-fazer de gerações.
Este queijo de leite cru de ovelha e cabra comprova que há ligações que dão origem a algo maior do que a soma das partes.
Os leites que constituem este queijo têm origem em ovelhas e cabras que pastam lado a lado nos vales e montes desta terra banhada pelo mesmo sol e pela mesma água límpida, dando origem a um queijo único no seu sabor.
Estes queijos ligam bem com doce de abobora e vinho tinto.

Castelo Branco

Um queijo com denominação de origem protegida (DOP) desta região que é fruto da tradição e saber fazer de gerações.
Os queijos de leite de ovelha cru têm grande expressão nesta região, pelas grandes pastagens na zonas mais baixas da Cova da Beira (nome que denota o seu declive menos acentuado), aí as ovelhas das Raças (Marino da Beira Baixa) alimentam-se da vegetação natural para dar o leite mais rico.
Este leite coalhado pela adição de uma infusão de cardo (origem vegetal) dá origem a um queijo de pasta macia, com sabor lácteo. O seu aspecto ligeiramente abaulado denota a sua massa mais macia, que faz lembrar os montes e serras desta região.
Estes queijos ligam bem com doce de abobora e vinho tinto.

Picante

Um queijo com denominação de origem protegida (DOP) desta região que é fruto da tradição e saber-fazer de gerações.
O queijo Picante surgiu por um mero acaso, quando no passado as únicas formas de conservação eram o azeite e o sal, decidiu-se que a melhor forma para conservar os queijos era pela adição de sal em grande quantidade. No passado, os pastores conservavam o queijo com a adição de muito sal, e mantinham-nos num local fresco, em caves escuras, colocados em pilhas deitados no chão em palha centeia, que os mantinha frescos e arejados. Assim se mantinham durante longo tempo, enquanto o sal e as enzimas da palha trabalhavam o queijo.
Passado meio ano o queijo tinha transformado o sal, parecendo na boca que Picava (como se tivesse sido adicionado Piri-piri).
Hoje em instalações limpas e de elevada segurança alimentar, o queijo continua a ser colocado em palha (lavada, esterilizada e seca em estufa) para que o seu sabor se mantenha o mais característico possível.
Quando o degustamos, cada fatia fina daquele queijo espicaça-nos, acordando todos os sentidos.

A Beiralacte conta com a ajuda de 32 colaboradores, que diariamente se empenham na realização das suas tarefas com o fim único de produzir queijos de qualidade e de bem tratar o cliente.

Lado a lado com a gerência, trabalham 2 pessoas associadas à recolha do leite que diariamente executam esta tarefa recolhendo leite nos produtores da região envolvente; 18 colaboradoras associadas ao fabrico e cura do queijo; 5 responsáveis de produção e Qualidade, 6 colaboradores associados à área comercial e de vendas, onde se inclui o responsável de Marketing.

Os colaboradores têm idades compreendidas entre os 18 e os 58 anos, constituindo-se uma equipa coesa com já largos anos de cooperação, alguns dos quais permanecem na empresa desde a sua constituição.

Cerca de 25% da equipa tem habilitações superiores, elevando assim as responsabilidades, que devem reflectir os conhecimentos adquiridos nas escolas e que no dia a dia se engrandecem pela partilha com quem aprendeu a fazer.